Cerco de Jericó 1º Semestre de 2010.

Encerramos na tarde de ontem o nosso primeiro Cerco de Jericó deste ano de 2010. No qual fizemos sete dias de Adoração ao Ssmo. Sacramento ininterruptamente. Nossas intenções de a intercessão:

1ª Parte


2ª Parte


Votos Perpétuos dos Irmãos salvistas

Aconteceu no dia  24 de Abril passado, a cerimônia dos Votos Perpétuos dos nossos Fratres. Celebrada por Dom Frei Fernando Antônio Figueiredo, na Igreja do Sagrado Coração, no bairro do Brooklin/SP.

Frt. Helder, Frt. Fábio e Frt. Paulo.

Vejam os Momentos...

Antes da Missa...


Procissão de entrada.


Os nossos Concelebrantes


O momento do "SIM"


O momento da Intercessão.

A festa...
PARABÉNS AOS NOSSOS FRATRES!!!!


SOBRE TOMAS MERTON - O TEMPO DA ESPERA: "OS TRÊS ADVENTOS"

São Bernardo retorna com freqüência à idéia dos "três Adventos" de Cristo. O primeiro é o Advento com o qual entrou no mundo, após ter recebido a natureza humana, no seio da bem-aventurada Virgem Maria. O terceiro é o Advento que o trará ao mundo no fim dos tempos, para julgar os vivos e os mortos ou, sobretudo, para tornar manifesto o juízo que os indiferentes fizeram recair sobre si mesmos, rejeitando acolher o seu amor e salvação, e que os eleitos aceitaram das mãos de sua misericórdia.

O primeiro é o Advento no qual Ele vem procurar e salvar aquilo que estava perdido. O terceiro é o Advento no qual ele vem para atrair-nos a si. O primeiro é uma promessa; o terceiro é o seu cumprimento. (…)

Os três Adventos de Cristo são uma realização completa da pascha Christi. Mas até então, falamos explicitamente somente do primeiro e do terceiro. O segundo é, num certo sentido, o mais importante para nós. O "segundo Advento" – por meio do qual Cristo está presente agora em nossas almas – depende do nosso reconhecimento atual da sua pascha, ou transitus, a passagem de Cristo através do mundo, através das nossas próprias vidas.

Meditando o Advento passado e o Advento futuro, aprendemos a reconhecer o Advento presente, que se situa em todos os momentos da nossa vida de peregrinos terrenos. Alcançamos a consciência do fato que cada momento do tempo é um momento de juízo, que Cristo está passando, e que nós somos julgados pela maior ou menor consciência dessa sua passagem. Se nos unirmos a Ele e nos colocarmos a caminho com Ele, rumo a Seu reino, o juízo se torna salvação para nós. Mas se O deixarmos de lado e se permitirmos que passe avante, a nossa indiferença se torna a nossa condenação.

A meditação sobre o primeiro Advento nos dá a esperança na promessa que nos foi feita. A recordação do terceiro serve para mantermos vivo o temor de não sermos capazes de ver essa promessa realizada. O segundo Advento, o presente, colocado entre esses dois termos extremos, torna-se, necessariamente, um tempo de angústia, um tempo de conflito entre o temor e a alegria. Mas como é salutar essa luta! Que termina na salvação e na vitória porque purifica todo o nosso ser.

Apesar disso, o medius Adventus é tempo mais de consolação que de penitência, se refletirmos que também nele, Cristo vem realmente a nós, nos dá realmente seu próprio ser, porque, na esperança, já possuímos o céu.

"Esse segundo Advento é o caminho que percorremos, para passar do primeiro para o terceiro. No primeiro, Cristo era a nossa redenção, no último nos aparecerá como a nossa vida. No presente, enquanto dormimos na nossa herança, Ele é nosso repouso e nossa consolação" (Sermo V de Adventu, I).

Porém, neste "sono" não há nenhuma idéia de inatividade. Indubitavelmente, pode significar quietude, escuridão e vazio para a nossa atividade natural. Mas nessa "escuridão", Deus vem a nós e opera misteriosamente dentro de nós, em espírito e verdade, para fazer de modo que o fruto de Sua obra se torne manifesto no terceiro Advento, quando Ele virá em toda a sua majestade e em toda a sua glória.

Texto de Thomas Merton publicado pela edição italiana do jornal "L'Osservatore Romano" de 15-16 de dezembro, p. 4, por ocasião dos 40 anos da morte do monge trapista norte-americano. Tradução de Raimundo Lima.


Thomas Merton foi um religioso e escritor norte-americano da Ordem Trapista, autor de mais de 60 escritos, entre ensaios e obras em poesia e prosa, dedicados, sobretudo, aos temas do ecumenismo, do diálogo inter-religioso, da paz e dos direitos civis. De pai neozelandês e mãe norte-americana, nasceu em 1915, em Prades, na França, e morreu em 1968, em Bangcoc, Tailândia.